Falar de passado é, sempre, confortável e cômodo. Falar do
futuro é, sempre, nostálgico e esperançoso. Mas decido aqui, divergir... para
fora, para cá, para o agora, o instante. Olho para ele... Puxa! Ele é ouro em
mim. Veja só, ele carrega a maior preciosidade do homem: o tempo.
O instante carrega em si a autonomia de construir o futuro que
se tornará passado. Que coisa! Ele é maior que o devir, maior que o porvir, só
não é maior que o “mim”, afinal de contas, eu posso me relacionar com ele da
maneira que melhor eu achar. Talvez o problema seja que não tenha-se esta
consciência. O instante! Ele está aqui, desfila em minha frente... e se vai, e
passa. O que fazemos com ele¿ O que faço eu com ele ¿
Agora que acordo... vejo que se foi, e grito, repito... repito o
grito! Ele de costas nem olha para quem o requisita. E foi. Simples assim...
ele se tornou agora, o novo passado, para mim amargurado, frustrado e
desacompanhado de relevâncias, impetulâncias, fragrâncias, vida... Mas tudo
bem, ele é super-poderoso, se transforma agora em passado. Não. Ele continua
instante e novamente aqui está.
Que bom! Agora é tempo! Alias, agora é instante! Posso chamá-los
de fragmentos formadores do tempo! Instante! Doce Instante! Amargo instante!
Necessário Instante! Detentor da Vida. Minha vida.
Por entender sua movimentação vos falo por agora. Instante
importante! Combustível movedor do ser humano. Sabe porque¿ porque as
lembranças do passado não são nada mais que instantes eternizados, e as
perspectivas futuras nada mais que instantes desejados e almejados. Para
vivê-lo em plenitude, faz-se necessário refleti-lo. Densificá-lo. Desejá-lo, e
acima de tudo: amá-lo!!!
Gideane Moraes
Sábado – 08.10.2011