sábado, 14 de setembro de 2013

Instante


Falar de passado é, sempre, confortável e cômodo. Falar do futuro é, sempre, nostálgico e esperançoso. Mas decido aqui, divergir... para fora, para cá, para o agora, o instante. Olho para ele... Puxa! Ele é ouro em mim. Veja só, ele carrega a maior preciosidade do homem: o tempo.

O instante carrega em si a autonomia de construir o futuro que se tornará passado. Que coisa! Ele é maior que o devir, maior que o porvir, só não é maior que o “mim”, afinal de contas, eu posso me relacionar com ele da maneira que melhor eu achar. Talvez o problema seja que não tenha-se esta consciência. O instante! Ele está aqui, desfila em minha frente... e se vai, e passa. O que fazemos com ele¿ O que faço eu com ele ¿

Agora que acordo... vejo que se foi, e grito, repito... repito o grito! Ele de costas nem olha para quem o requisita. E foi. Simples assim... ele se tornou agora, o novo passado, para mim amargurado, frustrado e desacompanhado de relevâncias, impetulâncias, fragrâncias, vida... Mas tudo bem, ele é super-poderoso, se transforma agora em passado. Não. Ele continua instante e novamente aqui está.

Que bom! Agora é tempo! Alias, agora é instante! Posso chamá-los de fragmentos formadores do tempo! Instante! Doce Instante! Amargo instante! Necessário Instante! Detentor da Vida. Minha vida.

Por entender sua movimentação vos falo por agora. Instante importante! Combustível movedor do ser humano. Sabe porque¿ porque as lembranças do passado não são nada mais que instantes eternizados, e as perspectivas futuras nada mais que instantes desejados e almejados. Para vivê-lo em plenitude, faz-se necessário refleti-lo. Densificá-lo. Desejá-lo, e acima de tudo: amá-lo!!!





Gideane Moraes

Sábado – 08.10.2011

terça-feira, 3 de setembro de 2013

Porta


          
     Um tumulto... Com vulto e muito... Muito fluxo. 

 De todos os lados marados e formados por complexidades ambulantes, vê-se o óbvio, o banal, o sem astral, o tudo igual, o nada normal, o previsível, o indescritível. Assim está. Não, anda... o mistério se instala, e exala.  Como que em uma dança, meus membros se portam, confortam o mais íntimo, furioso e destemido eu. Aquele que quer, de todos os lados abarcar completamente o tom, mais que o som, o breu.

 Agora, entro, para fora daqui. Lá está mais uma tigela de percepções,mas agora são sem os milhares corpos, que se instala suficientemente bom por si só, eu. Ali adentrando, deixo a porta aberta a qual deixa escapar o ar que aqui estava, ele vai... Mas não vai só, faz questão de levar toda a paz e solitude habitada.

 Agora estou eu, sozinha, em turbulentas companhias. As minhas. Digo minhas porque são tantas , tantas que já nem sei se são, ou se serão. Elas gritam e buscam cegamente o caos onde possam se instalar. Aqui está calado. A porta se fecha.

 A porta de lá e também a de cá. Além, trancou-se para o lá.  O que fazer com o confronto da solidão? Onde colocá-la? em que lixo despejá-la? Grito. A porta já fechou. Acabou. Aqui vou... caminho, tropico não há nada para lugar nenhum. Só há um, Eu.
Turbulências... veemências... saliências... ajuntados de impetulâncias, discrepâncias, insegurança, ai! a mudança. Ela vem. Decido olhar, encarar, e calhar em me entregar.

 Rendida agora, o eco do ser transtorna, entorna um mar de mim, olho ali, levanto-me. Sou assim, estou a ser sem fim, sem mim, em ti.

 Então que venha... me tenha, detenha e encena o privilégio de desaguar e ser mar, a lavar, levar a correnteza, com certeza, invade tudo e a porta. A porta? A porta... ela não resistiu, sucumbiu e sumiu! Agora vou sem fim... assim... tentando ser e entender o que é ser eu, ser mim!



Belo Horizonte – 03.04.2012 as 2.22 am Insônia.

Gideane Moraes de Souza.

segunda-feira, 19 de agosto de 2013


QUEM É ELE?

Quem é ele? O que Ele é? Ele é? Sim, Ele. Mais que nós, os apenas “seres”.
Um dia igual a hoje me pressiona contra a parede e me abstrai o ar.
O dia também me priva dos sons, das vozes, dos olhos, como sempre, às vezes.
Sofisticadamente escolho pensar, de onde veio, porque? Estará, às minhas indagações observar?


Pode estar fora. Em tudo. Fundo. Raso. Longo. Curto. Ríspido Liso. Límpido.
No Verde, Azul. No Claro, Negro. Na terra, com morada transversal.
É? Se for, se encontra no belo, gentil, horizontal, no fresco e nítido.
Não estará deveras no desvairado, fanático, que age como animal.


Estará em regras? Não. Em liberdades. Em limitude? Não. Em espaço.
Andaria Ele entre tapumes? Não. Em amplitudes. Quereria minha mediocridade? Pouco mérito.
Começo a encontrar o caminho ao qual devo mover-me para encontrá-lo.
O que vejo aqui então? Defuntos mesquinhos, mas que pena! Andam inchados e nada modestos.


Agora veja, no ser que caminha ao lado da minha alma, encontro Ele, mas que no templo.
Ao contemplar o por do sol, falo mais que quando oro, como a hipócritas que com as palavras deflagram-se.
Assim, também entendo que estou no caminho do encantamento quando caminho ao pleno.
Tudo me parece errado, duro, controverso, excesso. Eles confundem-se!


Melhor é caminhar rumo ao simples e reto. No caminho para o desocultamento Dele não há enfeites.
Seria mais fácil para o ser vir a ser humano nEle, se pudesse vê-lo claramente, sem embacies, nem palidez.

É mais complicado entender o que dizem que Ele é. Do que o que realmente É. 



15.10.2012 
Gideane Moraes. 

domingo, 18 de agosto de 2013

Vamos lá?

Olá pessoal... Há um tempo tenho vivido momentos de inspirações 

simples, loucas, provocadoras e, acima de tudo, reflexivas. 

Coisas que fazem muito sentido em minha cabeça, em meu universo. 

Escrevi. Simplesmente sem saber no que aquelas palavras poderiam 

provocar em outras pessoas. Continuo sem saber. 

Coisas de todos os tipos, formas, tamanhos e densidades. 

Palavras. Algumas leves como uma penas, outras capazes de 

massacrar facilmente a maior das montanhas... Palavras...

Bom, espero que este espaço fala algum sentido para você, ou não 

faça nenhum sentido. É válido. O importante é estar em 

movimento, instigado. Pensar sobre as mediocridades diárias e 

rotineiras é dobrar sobre si em busca de compreensão. 

Isto é despretencioso!! Isto é dar sentido à vida!



Bem vindos ao Universo em que tenho vividO**




Gideane Moraes de Souza.